MOMENTOS DA VIDA QUE VALEM UMA HISTÓRIA.

UM SALTO DE PÁRA-QUEDAS DE 20.000 PÉS DE ALTURA

A IDÉIA


Eu e meu parceiro de campeonatos Jet Ring (José Pinto Teixeira), já havíamos conquistado vários campeonatos de duplas na modalidade de “Trabalho Relativo” *, ou seja, estávamos sempre buscando novos desafios em Pára-quedismo. Até que chegou a idéia de FAZERMOS UM SALTO DE 20.000 pés (6,6 km) de altura com a nossa “mochila” nas costas e sabendo ainda, que teríamos 120 SEGUNDOS VOANDO EM QUEDA LIVRE. Começava aí, uma das maiores aventuras que já vivi. Precisávamos escolher mais dois companheiros para formarmos o grupo ideal de quatro atletas. Depois de avaliarmos os companheiros de clube, decidimos pelo Aldenir e o Fuca, também campeões em outra especialidade; “Estilo”.
Por cálculos, sabíamos que alcançaríamos os 300 Km/h durante a queda, na zona rarefeita até chegarmos aos 14.000 pés. Depois cairíamos para os 240 ou 220 Km/h, só comandando nossos pára-quedas a 2.500 pés (900 mts) do chão. Em velocidade terminal (220 km/h) em pára-quedismo, se o pára-quedas principal falhar, temos muito pouco tempo para os procedimentos de emergência até o chão, pois o chão chega muito rápido. Mas, para aquela época, era um feito inédito. É que estamos falando do final da década de 70, quando não se tinham informações de experiências similares no pára-quedismo civil. Pelo menos aqui na América do Sul. Hoje você chega num Centro de Pára-quedismo e com poucas horas de informações e alguns filmes em DVD, você já estará apto para embarcar em um avião e realizar um salto. Sim, isso mesmo !!!
VOCÊ SALTAR DE UM AVIÃO !  Aceita trocar uma idéia? Experimente esta adrenalina! Se “tremer”, pelo menos faça um “salto duplo” com um instrutor da área.
É muito legal, cara!

A EQUIPE DO RECORDE

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Eu, o Jet Ring (José Pinto Teixeira) e o Aldenir (de Castro), quando militares da ativa, havíamos passado pelo Núcleo de Divisão Aeroterrestre,  atual Brigada Pára-quedista do Exercito, em Deodoro, no Rio de Janeiro. Mais o Fuca (Tenente-Aviador Flávio Sganzella), então, oficial da ativa na Força Aérea Brasileira e Instrutor de Caça nos aviões a jato Xavantes, baseados na Base Aérea de Fortaleza Ficou então decidida a equipe final para o salto recorde. Quatro “malucos”, como fomos chamados na época. Malucos acho que nunca fomos, mas com certeza, todos viciados em altas doses de adrenalina pura.